quarta-feira, setembro 23, 2009

Desconstrução.

Criou daquela vez como se fosse a última.
Fez cada job seu como se fosse o único.
Pensou o dia inteiro e ficou o máximo.
Mandou pro atendimento num e-mail tímido.

Teve que refazer como se fosse máquina.
A campanha reprovada com argumentos sórdidos.
Criou mais uma vez outros roteiros mágicos.
Esperou aprovação como se fosse lógico.

O cliente não gostou e aconteceu o trágico:
pediu pra refazer como se fosse um príncipe.
Tentou reagir mas se sentiu estático.
Pensou mais uma vez no concurso público.

E virou a noite inteira parecendo um bêbado.
Comeu pizza de novo e ficou mais flácido.
Bebeu a noite inteira cafezinhos básicos.
Saiu de manhazinha se sentindo estúpido.
E ainda teve que voltar pra terminar no sábado.

sexta-feira, agosto 21, 2009

quarta-feira, julho 29, 2009

This is Sparta!

Acompanhe Filli também no Blog do Torcedor. Hoje tem texto novo lá.

sexta-feira, julho 24, 2009

Depois da tempestade...

Mais um deste rubro-negro que tenta entender o mundo para o globoesporte.com.

segunda-feira, julho 20, 2009

quarta-feira, julho 15, 2009

A revolução começou.

Cansadas de uma vida longa e sem sentido e de uma existência pouco significativa. Engasgadas pelo lixo que são obrigadas a engolir e que as faz morrer diariamente. Esgotadas pelo peso que carregam nas costas, indignadas com a lentidão que a vida impõe. Tristes por terem que olhar no espelho e se sentirem grandessíssimas idiotas, sabendo que são ridículas, limitadas e que só usam dez por cento de sua cabeça animal. Esquecidas, injustiçadas, sem voz...

Neste dia, porém, tudo isso começou a mudar. E tenho dito. Leia aqui.

A foto meio que acabou com a surpresa. Mas ajudou a impor moral.

terça-feira, julho 14, 2009

Com os pés no chão.

Mais um texto publicado no Blog do Torcedor, do GloboEsporte.com.

segunda-feira, julho 06, 2009

Pra baixo todo santo ajuda.

Leia no Blog do Torcedor. Meu blog aqui tá quase virando Tentando Entender o Sport. Mas pelo menos tá sendo atualizado com alguma coisa. =P

terça-feira, junho 16, 2009

Me segura senão eu caio.

Mais um texto enviado para o Blog do Torcedor, da Globo.

terça-feira, junho 09, 2009

Requentado para o Blog do Torcedor, da Globo.

Texto meu, publicado hoje no Blog do Torcedor, no site da Globo:

SPORT RECIFE x FLAMENGO PARAÍBA


Mais uma vitória histórica do Sport. Vencemos o Flamengo, de virada e de goleada. Esse time que, até hoje, se julga campeão de um campeonato que sequer disputou as finais, indo contra o regulamento, a CBF e a FIFA. Assim é fácil ser campeão, né? Quero ver jogando bola no campo, na Ilha do Retiro. Todos os rubro-negros pernambucanos, a maior torcida do estado segundo pesquisas e da região Nordeste segundo ufanistas, estão em festa novamente.

Mas aqui do lado, há alguns meses atrás, aconteceu algo parecido. Eram os paraibanos que estavam comemorando. O time de maior torcida no estado deles tinha acabado de ganhar mais um título. Só que a maioria dos paraibanos não pôde ir até o estádio ver o time do coração levantando a taça e tiveram que se contentar em assistir a tudo pela TV, como sempre fizeram. Isso, pra eles, não chega a ser um problema, já que as emissoras transmitem quase todos os jogos do Flamengo, seja pelo Campeonato Brasileiro, Carioca ou qualquer outro.

Já tive a oportunidade de estar na Paraíba quando o Flamengo foi campeão no Rio. A quantidade de camisas rubro-negras que se via nas ruas era inacreditável. Os principais jornais paraibanos presentearam os leitores com um pôster do campeão carioca. Em todos os locais, não se falava em outro assunto.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Revista Placar, o time de maior torcida, não só na Paraíba, mas no Nordeste, é o Flamengo. Pernambuco (com Sport, Santa e Náutico), Bahia (com Vitória e Bahia) e Ceará (com Ceará e Fortaleza) são os únicos estados do Nordeste que, dentro de casa, têm torcidas maiores que os clubes do Sul/Sudeste.

Os paraibanos torcem para os times de fora. Inclusive quando os times de fora jogam contra os times da casa. O Flamengo é o principal, mas tanto faz se for Corinthians, Vasco, São Paulo, Santos... Já conversei com alguns paraibanos sobre isso, tentando encontrar algum sentido. Qual é a graça torcer contra você mesmo? Pergunte a um paraibano porque ele não torce por um time da terra dele. Ele vai responder que na Paraíba não tem time. Mas tem. Eles só não têm apoio. Mesmo em tempos de Campeonato Paraibano é raro ver uma camisa do Botafogo da Paraíba, do Nacional, Treze, Campinense ou do Souza. Discussão de futebol lá é com os times dos outros estados. Hoje estão comentando que o Palmeiras venceu o Vitória, que o Cruzeiro empatou com o Inter, que o Flamengo perdeu para o Sport...

Ah, o Flamengo perdeu de goleada para o Sport! Aqui, a conversa é outra. Pra gente, jogando em casa, o Sport tinha obrigação de vencer o Flamengo. E ganhamos bonito, com sobras! Viram aquele lance de Sandro Goiano, o passe de Ciro, a cobrança de falta de Fumagalli e os gols de Durval e Weldon? É de encher o peito de orgulho! Num só jogo, vencemos cariocas e paraibanos (e também alagoanos, potiguares, e os fregueses que estão sempre torcendo contra: Náutico e Santa, claro). E como foi bonito ver a torcida deles saindo da Ilha do Retiro antes mesmo do jogo terminar. Voltando pra casa, pela BR 101... Quem sabe, um dia eles aprendem a torcer pro time certo.


Olha o que paraibanos, alagoanos e potiguares vieram conferir bem de pertinho.

sábado, maio 30, 2009

Face a Face com o Inimigo.

O filho de Dona Lucinha falou que viu a cara da morte e ela estava vivinha da silva.
Já o filho de Ravengar cantou que quando alguém morre, a gente chora. E quando nasce, a gente ri. Mas quem nasce, chora. E quem morre, sorri.
Os filhos de Francisco, não sei o que disseram. E nem quero saber.

E você, alguma vez já viu, assim bem de pertinho mesmo, a face da morte? Não tô falando daquela velha série de filmes bizarros, que eu também não vi, mas de você achar que ia, digamos assim: bater as botas, virar presunto, passar desta pra uma melhor, ir pro beleléu, comer capim pela raiz, abotoar o paletó de madeira, empacotar ou, sei lá, virar purpurina.

Eu já. Quer dizer, virar purpurina claro que não. Acho que a melhor expressão pro meu caso foi: subir no telhado. Como ninguém atualiza o blog lá do além, ficou fácil perceber que eu não caí. Talvez, por isso, também não me lembrei de quando era uma criança e de tudo que vivera até ali. Não era mesmo a minha hora, se é que isso existe.

Sabe quando Woody Allen falou que não tem medo de morrer, só não quer estar quando isto acontecer? Eu entendo perfeitamente, o troço é punk. Eu até já contei aqui, por alto. E foi lá no alto mesmo que rolou. Tava decolando do aeroporto do Recife, apreciando a paisagem, numa nice e tal, quando começou a sair fogo de uma das turbinas. Lembra de Quase Famosos? Essas situações causam o maior pânico dentro de um avião, certo? Que nada. Ao meu lado tinha uma velhinha bem tranquila, que nem mesmo sabia o que estava acontecendo. Tava todo mundo caladinho, calminho, enquanto eu e quem tava na minha fileira nas janelas do lado esquerdo, via aquelas labaredas gigantes. O avião sobrevoava o mar, justamente o da praia de Boa Viagem. Perfeito! Se a gente não explodisse, virava almoço de tubarão. Não tinha saída. O coração disparou e o medo foi grande. O piloto avisou que desligou a turbina defeituosa e ficou dando voltas sobre a cidade, enquanto aguardava instruções pra saber se voltava pro aeroporto ou não. Felizmente deu tudo certo e nem precisamos voltar. Seguimos viagem sem ir em direção a luz.

E essa nem foi a única que vez que eu precisei rezar pra adiar mais um pouquinho o final da minha missão, seja lá qual for essa bendita. Vejamos o cenário: jogo do Sport, em São Paulo, pela Copa do Brasil 2008. Era contra o Palmeiras e quatro amigos meus, todos de lá, iriam torcer pelo Porco. Me disseram que era a maior limpeza ir de ônibus com eles e eu acreditei. No estádio, cada um iria pra sua torcida e na saída nos reencontraríamos. Tava tudo certo quando de repente, subiu a Mancha Verde no busão que ficou entupido de gente. Não cabia mais nenhuma mosca. E eu era o único do time rival ali apertado no meio da multidão. Cara, se meus amigos palmeirenses ficaram amarelos de medo, imagina eu, que era o único ali com sotaque. Pelo menos eu estava à paisana, usando uma camisa azul. Só não podia falar absolutamente nada, pra ninguém perceber que eu era do Nordeste e ligar A com B. Teve um momento que um mal elemento, mal encarado e, no mínimo, mal educado começou a examinar a gente de cima até embaixo. Descaradamente mesmo, como se fosse assaltar. Se ele resolvesse mandar todo mundo passar o celular, eu tava ferrado. O papel de parede do meu era o escudo do Sport. Se ele levasse minha mochila, ia encontrar dentro dela a bandeira e a camisa rubro-negra. Juro que tive mais medo dessa situação do que da turbina pegando fogo. Até porque a morte ia ser muito, mas muito mais dolorida dessa vez, sem comparação. Graças a Deus, deu tudo certo e chegamos sãos e salvos. E até o Sport acabou sendo o campeão daquele ano. Sensacional!

Como o que não mata, engorda, pelo menos ganhei duas boas histórias pra contar. E graças a elas, quem acabou ressuscitando foi este blog. Ufa.

Porque você não vai ver se eu tô lá na esquina?
Pensando bem, melhor não.